Vida maluca

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To esquecida
Do que era para ser
Do que um dia eu fui
Do que eu quero
Do que eu quis
Do que há de ser
Do que haveria de ser

Do que é mesmo
Da intenção
Do beijo
Dos cheques
Das pessoas

De ligar o carro
E lembrar a direção

De olhar na agenda
Para ver o dia que é

Olhar no relógio
Ligar a televisão
Comer alguma coisa
Pagar as contas

Para escrever o texto
Para ler as mensagens
Para atualizar a rede

Rede?
Pescando o que?
Navegar
Para qual direção?

E são muitas as histórias
Dos estragos e remendos

Do que o esquecimento se ocupa
De maneira integrada
Como um ballet
Mas que no rodopiar
Leva

Para longe
Esconde
E fica alheio

E no suspiro
Para recuperar o fôlego
E retomar as forças

Do que se trata tudo isso mesmo?

Paradigmas ou metáforas?

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solidao

Solidão
De quanto tempo estamos falando?

Porque eu havia me esquecido completamente
Como era ser uma pessoa só

De não ter com quem falar
Uma vez que nem eu sabia o que havia de ser dito

Nessa tempestade de pensamentos
Intenções e desejos
De tanto querer e correr atrás

E no final das contas
Me dei “conta”
Que foi tudo em vão

E de tanto seguir uma nova direção
Sem querer peguei um atalho
Para o mesmo lugar

Que um dia eu ocupei pela eternidade

E agora me pego perdida
No Universo que eu mesma criei
Que eu mesma provoquei

E agora não sei o que fazer com tudo isso

A solidão é minha maior companheira
E não por consequência
Meu paradigma
É minha melhor metáfora.